Ser Diferente
Blogue do Núcleo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Pevidém
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Encontro de Pais – Espaço de partilha para pais de alunos com a Síndrome de Asperger
No dia 13 de Julho teve lugar, na EB1/JI de Gondar, um espaço de partilha para pais de alunos com síndrome de Asperger. Esta actividade realizou-se também a pedido dos pais das crianças com SA. Consistiu essencialmente na criação de um ambiente que favoreceu e permitiu a partilha de ideias, informações e vivências entre os pais de crianças com SA. O Núcleo de Educação especial, funcionou como moderador e iniciou a actividade com uma pequena introdução ao tema para lançar o debate e a partilha de ideias e/ou de dificuldades. Contamos com a colaboração do serviço de psicologia e com as terapeutas do CRI, Terapeuta ocupacional e Terapeuta da fala. |
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Acção de Formação sobre Detecção Precoce de Problemáticas: Síndrome de Asperger
No dia dois de Junho teve lugar no Centro Escolar de Pevidém uma Acção de sensibilização/Formação sobre Detecção Precoce de Problemáticas – Síndrome de Asperger, organizada/apresentada pelo Núcleo de Educação Especial. Teve como destinatários as Educadoras do Agrupamento e respectivas Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicas e também elementos da associação de pais.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
D É F I C E C O G N I T I V O
O QUE É O DÉFICE COGNITIVO (OU DEFICIÊNCIA MENTAL)?
Vários autores assumem que alguém tem um Deficiência Mental quando o seu funcionamento cognitivo ou intelectual se encontra abaixo do esperado para a sua idade (Q.I. é inferior a 70), e apresenta dificuldades de adaptação às tarefas necessárias a um quotidiano independente, nomeadamente, em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, autonomia pessoal, autonomia doméstica, competências sociais, uso de recursos comunitários, autocontrolo, competências académicas, competências no trabalho, tempos livres, saúde e segurança (Associação Americana de Psiquiatria).
Critérios para a formulação do diagnóstico de Deficiência Mental:
Q.I. «borderline» 70-79
Deficiência Mental ligeira: 50-69
Deficiência Mental moderada: 35-49
Deficiência Mental severa: 20-34
Deficiência Mental profunda: <20
É FREQUENTE?
A taxa de prevalência da deficiência mental é estimada entre 1 a 3%, nas idades pediátricas. Embora não haja consenso entre os investigadores, parece ser mais frequente no sexo masculino (O.M.S, 2002; APA, 2000).
QUAL A CAUSA?
Tal como refere Nuno Lobo Antunes, a formação do cérebro é um prodígio de complexidade e precisão, e como tal vulnerável.
As causas do défice cognitivo são variadas. Pode resultar de erros congénitos (incluem malformações do cérebro e alterações nos cromossomas, como na Síndrome de Down), de infeções, de agentes tóxicos (álcool, intoxicação por chumbo), de traumatismos, de alterações endocrinológicas (o hipotiroidismo, ou diminuição do nível da hormona tiroideia), de doenças degenerativas, de doenças vasculares (falta de oxigenação e baixa da pressão arterial no período que rodeia o parto) e de perturbações metabólicas (falta de enzimas) (Antunes, 2009).
Identificar a causa da Deficiência Mental possibilita uma melhor compreensão da mesma. No entanto, muitas vezes a causa do défice cognitivo é impossível de reconhecer, sobretudo nos casos mais ligeiros.
COMO SE AVALIA?
O défice cognitivo é avaliado a partir de testes de inteligência. A escala de Wescheler (WISC – Wescheler Intelligence Scale for Children) é a mais utilizada e serve-se de provas verbais e não-verbais para definir um coeficiente de inteligência global (Q.I.), que é dividido na componente verbal e na de realização. A escala Griffiths é utilizada em crianças dos dois aos oito anos, e compara a idade da criança em termos do seu desenvolvimento com a sua idade cronológica nas áreas motoras grosseira e fina, linguagem, socialização, realização e raciocínio prático. Para além desta avaliação é necessário “medir-se” as capacidades adaptativas através de questionários apropriados (Antunes, 2009). Existem muitos outros testes, todos eles com vantagens e desvantagens.
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS? QUAL O PAPEL DO PROFESSOR?
Alunos com défice cognitivo podem ter dificuldades com várias funções do cérebro, particularmente, apresentam um ritmo de aprendizagem mais lento, imaturidade emocional e dificuldades de memória a curto prazo e de concentração. O Estudante com défice cognitivo tem necessidades diferentes e vai exigir vários mecanismos de apoio. O professor deve definir objetivos realistas para estes alunos, dado que é fundamental que eles se sintam bem sucedidos nos seus esforços académicos.
Estratégias de ensino:
• Correção individualizada dos trabalhos de casa.
• Os aspetos mais relevantes da aula, ou noções fundamentais, deverão ser sublinhados.
• Demonstração de expectativas positivas.
• Definir objetivos adequados ao aluno conseguindo atingir sucesso e autoestima.
• Ensino segmentado e repetido com alguma frequência.
• Ensino individualizado em termos de reforço de aprendizagem.
• Aprender a realizar tarefas que lhes permita adquirir competências de trabalho.
• Entrega de documentos escritos.
• Recorrer a técnicas de manipulação e a objetos concretos.
• Fornecer instruções claras e detalhadas (verbal e escrita) se for o caso.
• Reduzir distrações na sala de aula.
• Fornecer um lugar calmo para trabalhar.
• Ajudar o aluno a reduzir a desordem no ambiente de trabalho do aluno.
• Divida grandes tarefas em tarefas menores.
• Apoio na interpretação dos testes.
• Apoio de colegas em algumas tarefas.
• Apoio na organização do caderno diário.
• Apoio na consulta do manual.
• Verificar se o aluno apontou os TPC na “agenda do aluno”.
• Use “agenda do aluno” para marcar as atividades, tarefas e prazos.
• Lembrar ao estudante de prazos importantes.
• Agendar reuniões semanais com o professor para determinar se as metas estão sendo atendidas.
• Permitir adicionais de ensino e tempo de aprendizagem.
• Fornecer pistas ambientais para ajudar na memória.
• Fornecer elogios e reforço positivo.
• Fornecer instruções escritas para tarefas e atividades.
• Escreva expectativas claras de responsabilidades e os resultados de não conhecê-los.
• Desenvolver estratégias para lidar com os problemas antes que eles surjam.
• Fornecer acordos escritos com base em entendimento e compreensão das expectativas.
• Fazer adequações no processo de aprendizagem, nomeadamente, adequações no processo de avaliação e adequações curriculares individuais.
Daniela Oliveira,
Núcleo de Educação Especial
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
EB 2,3 de Pevidém sensibiliza para a diferença
A EB 2,3 de Pevidém foi palco de uma palestra dirigida a pais e encarregados de educação de alunos com o Síndrome de Asperger. A sessão foi apresentada pela Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) e serviu para ajudar os educadores a lidar melhor com os portadores daquela diferença.
Aquela iniciativa, integrada na Semana de Sensibilização para a Diferença, foi promovida pelo Núcleo de Educação Especial e o Serviço de Psicologia e Orientação, com o objectivo de apoiar os pais, encarregados de educação, auxiliares e docentes na relação com crianças e jovens portadores do Síndrome de Asperger (SA). A SA pode ser definida, de acordo com os especialistas, como uma perturbação neurocomportamental de base genética, frequentemente incluída no espectro do autismo, com critérios de diagnóstico específicos.
Aquela disfunção manifesta-se por alterações na interacção social, na comunicação e no comportamento, sobretudo. Estima-se que em Portugal existam cerca de 40 mil portadores do SA, sendo a prevalência maioritária no sexo masculino. Entre as características mais comuns, em crianças, jovens ou adultos, contam-se o défice de comportamento social; interesses limitados; comportamentos rotineiros; peculiaridade do discurso e da linguagem; perturbação na comunicação não verbal; e descoordenação motora. Não existe tratamento para a SA. Por isso, os responsáveis da APSA sublinharam que «acolher a diferença e aceitá-la como um desafio é missão de cada um de nós».
Aquela oportunidade foi também aproveitada para sublinhar que, este momento, há uma situação que se tornou prioridade da APSA: «existe um número significativo de portadores de SA que deixa a escola a partir dos 16 anos, surgindo então os primeiros problemas na inserção na vida activa. Embora a legislação portuguesa contemple a possibilidade de recurso ao emprego protegido, na prática tal não se verifica. A partir dos 16 anos, as dificuldades de inserção profissional levam à frequência de cursos de formação profissional, na expectativa de um emprego estável, mas sem êxito».
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